quinta-feira, 15 de outubro de 2009

As Primeiras Feministas

    Afirmar que as egipcias foram as primeiras feministas da história pode parecer precipitado, já que o assunto dificilmente estaria em pauta naquela época. No mundo dos Faraós, elas tinham poder e direito de dar inveja as diversas sociedades contemporâneas. Dependendo da classe social, pode-se concluir  que tinham mais direitos e papel bem mais expressivo que muitas mulheres do século 21. A conquista do divorcio, que no Brasil, só aconteceu na decada de 1970, já era encontrado no Egito há cerca de 3000 anos atras, inclusive, foram encontrados registros de pedido de divorcio por parte do homem e da mulher no Novo Império.

       Há documentos, que mostram a preucupação com a situação dos bens do casal em caso de separação, quando a mulher costuma ficar com a casa e com os filhos. A poligamia não era proibida, no entanto os egipcios em sua maioria eram monógamicos, pelo fato da responsabilidade financeira de ter varias esposas, os faziam pensar duas vezes.
    A egiptologa Margaret diz que não havia qualquer referência nos papiros em relação a virgindade ou a restrição do sexo apenas com finalidade de procriação. "os egipcios não eram timidos em relação ao sexo, tinham consiência de seus prazeres, mas não costumavam tomar o assunto em público. Quanto ao aborto sabe-se que existia,mas não era uma pratica comum" " Há registros de pessoas que foram incriminadas por terem conduzido um aborto que resultou na morte da mulher".
     A maioria de suas tarefas era voltadas para o lar, mas havia sacerdotisas, agricultoras, escribas, e donas de seus próprios négocios (padarias, peixarias) e galgavam com merito próprio posições hierarquicas. Elas casavam cedo, normalmente próximo da primeira mestruação, mas isso não significa que fossem sexualmente ativas antes da coabitação. Pelos registros encontrados , o valor do pagamento dos por seus  trabalhos  era igual ao dos homens. O homem ea mulher tinham posição de igualdade

 perante a lei. A mulher podia herdar, deixar heranças, trocar e vender propriedades e escravos.
    Consientes ou não do conceito de feminismo, as devotas da Deusa Isis tem muito a ensinar  á aqueles que ainda hoje fazem distinção entre os direitos dos seres humanos, qualquer que seja a desculpa adotada.


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Tebas

      


          A Waset do Antigo Egito era designada pelos gregos por "Thebai", mas não se sabe por que razão. Tebas ficava no 4° nomo do Alto Egito, bem para o sul. A situação geografica contribuiu bastante para a importância historica da cidade: ela ficava perto da Núbia e do deserto Oriental,com seus valiosos recursos mineirais e rotas comerciais, e distantes dos centros de poder do Norte. Durante o Antigo Império era pouco mais doque uma cidade de província. Veio a ganhar destaque,  quando a 11ª dinastia ascendeu no Egito, sob a figura de Mentunhotep ( chamado de I ou II por diferentes escritores) que derrotou as dinastias do Norte e reunificou o Egito. Embora a capital  tivesse sido transferida para Itjtawy (cidade perto de Mênfis) no ínicio da 12° dinastia, foi considerada centro administrativo do Alto Egito meridional. O seu auge teve lugar durante a 18° dinastia, quando a cidade foi capital do país, se tornando o Deus Amon, patrono da cidade, a mais importânte das Divindades do imperio. Os seus templos eram os mais importantes e ricos eos tumulos, na margem ocidental, para a elite dos seus habitantes, os mais luxuosos que o Egito já viu. Mesmo quando, em finais da 18° dinastia e durante o período dos Raméssidas, a residência e o centro de atividades dos reis se transferiram para o norte ( Tell el-Amarna, Mênfis, Pi- Ramsés), os templos tebanos continuaram a prosperar , os Faraós continuaram a ser enterrados no Vale dos Reis  ea cidade a manter  uma certa importância na vida administrativa do país.


 Durante o 3° periodo Intermedio, Tebas, tendo a sua frente o sumo-sacerdote de Amon, contrabalançou o reinado dos Faraós das 21ª e 22ª dinastias, cuja a sede do governo era em Tânis, no delta. A influência de Tebas apenas terminou no período tardio.
      A parte principal e, provavelmente, mais antiga da cidade eos templos mais importantes ficavam na margem oriental. Do outro lado do rio, na margem ocidental, ficam os tumulos eos templos mortuarios, mas também a parte ocidental da cidade. Amenofis III tinha seu palacio em el-Malqata e, duranteo período dos Ramessidas, a própria cidade de Tebas estava centrada a norte, em Medinet habu


Símbolos do Antigo Egito

Os símbolos, foram muito importantes para o egipcio antigo, em virtude de terem uma importância magico-religiosa, de poderem proporcionar uma proteção contra forças malevolas ea ligação com as Divindades. Aqui apresento alguns deles:

                                                     Udyat


Também chamado de "olho de Horus", o Udyat, representa o olho que colocaram em Horus, em substituição do que se perdeu em uma luta contra Set. Era também associado ao Sol ea Lua, sendo que, o olho voltado para a esquerda representa a Lua, eo voltado para direita é associado ao Olho de Rá, símbolo do Sol. O Olho quando era retratado separado do outro, era chamado de iret, quando ficavam juntos era chamado de wedjat, significando assim "completo ou restaurado"

                                                     O Pilar Djed


Quando Set cortou Osíris, espalhou os pedaços por todo o Egito. Na cidade de Busíris, onde existia um importante santuario dedicado a Osíris, estava enterrada sua coluna vertebral,simbolizada pelo pilar djed. Em determinada época do ano, os egipcios celebravam um ritual chamado de o festival do pilar djed, conhecido como o ritual de Osíris, no qual celebravam um culto a este símbolo e de seus poderes,sendo realizado anualmente, e era um tempo de grande entusiasmo e renovação espiritual para as pessoas.

                                                       Ankh


A cruz com alça, conhecida como ankh, ou também chamada de cruz ansata, é um dos símbolos mais importantes do Antigo Egito, aparecendo gravada nas paredes dos templos e tumulos, e em obeliscos e estatuas. Era amplamente utilizado como amuleto de proteção. Representava também, a palavra vida. No entanto, quando a cor era acrescentada a esse emblema, a ernegia de proteção podia ser invcada a quem o usava. Desse modo, um Ankh vermelho representava vida e regeneração, um azul indicava fertilidade, o verde estava relacionado com a cura, o branco á pureza ritual, eo preto exprimia ressureição após a morte.
      Hoje em dia, o ankh ainda é usado pela igreja copta do Egito, em seu símbolo da cruz chamando assim de crux ansata

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O Faraó e a História




Do ponto de vista oficial, a sociedade era constituída pelos Deuses, pelo Faraó, e pela humanidade. Mas a humanidade está ausente da maioria dos registros pictoricos oficiais, que representam a história  ea religião como a interação entre os Deuses eo Faraó. O rei atua como mediador (em certos aspectos o único) entre os Deuses eos homens. Representa os homens junto dos Deuses eos Deuses junto dos homens,sendo também o representante do Deus Criador na terra.
O Faraó é responsavel pelo bem estar do seu povo e toma sobre seus ombros as preucupações dele, como o "bom pastor" do Antigo Testamento- formulação também conhecida no Egito. Os reis procuravam também realçar seu estatuto perante o povo, identificando-se com os Deuses ou, em alguns casos, autodivinizando-se, de modo a poderem ser representados fazendo oferendas á sua propria figura divinizada,como éo caso de Amenófis III, e Ramsés II. Por fim o Faraó poderia ser divinizado, após a morte, como temos o caso do Faraos Sesostris III, e Amenófis I. Assim, o rei, em virtude de seu cargo, era um ser à parte eo seu papel era diferente, conforme o contexto em que atuava.