- De onde vem esses gritos? esses apelos á revolta, que batem na cara do Deus Sol ?
Jorram da boca dos homens, miséraveis criaturas. No píncipio respeitosos, eles se mostravam dóceis diante das vontades Divinas, mas agora alguns deles já tomam audácia, e cada dia cresce o exercito de insubmissos.
-Tolos! Como o Pai de todos os Deuses poderia temê-los!
No entanto, a ingratidão dos humanos incomoda Rá, que resolve se aconselhar com os outros Deuses.
-Pai - dizem os Deuses - Mostra á esses rebeldes a terrível cólera de teu olho todo poderoso!
Imediatamente, o Olho de Rá, geralmente personificado na tranquila Vaca Hator, assume a forma terrível de Sekhmet, uma Deusa com corpo de mulher e cabeça de leão. Essa Divindade sanguinária joga-se sobre os humanos e semeia o terror entre eles. Massacra muitos humanos, sem distinguir inocentes ou
ou culpados, e não se cansa de usar as garras eos dentes. A carnificina não agrada a Rá. Embora Ele queira acabar com a revolta, não deseja que a humanidade desapareça. Dirige-se a Sekhmet e ordena-lhe que pare, mas ela desobedece e continua a perseguir os homens. Sabiamente, Rá espera até a noite, quando Sekhmet, exausta, deita-se e adormece. Nesse momento, Rá envia mensageiros a Ilha de Elefantina, em busca de plantas e romãs de sumo vermelho, e manda que as amassem eas misturem com um pouco de sangue das vítimas de Sekhmet. Depois, tudo é adicionado a uma grande quantidade de cerveja, e enche-se sete cântaros com a poção. Em seguida, os mensageiros levam silênciosamente a bebida para junto da assassina adormecida. Ao acordar, Sekhmet tem sede e encontra o elixir feito por Rá. Bebe tanto que logo fica embriagada e se afasta, sem pensar mais em fazer mal aos homens. Preocupado em evitar outra matança, Rá ordena que, dali por diante, todos os homens façam regurlarmente oferendas de cerveja a Sekhmet,a fim de acalma-la.
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