Antes de conseguirem construir as monumentais e magnificas obras arquitetonicas, tanto religiosas como civis, que ainda hoje espantam quem visita o Egito, os seus primeiros habitantes tiveram de se adaptar aos humildes meios matériais que tinham á mão. O barro, as canas, os ramos eram os seus meios de expressão arquitetonica. A pedra ea madeira quase não tinham nenhum significado, dado que ainda não se conheciam as tecnicas de sua manipulação.
Uma vez assumida as crenças religiosas, que remontavam á mais remota pré-história, e tendo claro que os homens tinham sido criados para chegarem ao fim dos tempos na companhia dos Deuses, essas crenças também foram aplicadas aos seus principios artisticos , caracterizados pela perdurabilidade e pelo pragmatismo.
Junto ás primeiras vivendas das primitivas colônias neoliticas, sem nenhum valor artistico, radicaram-se necrópoles simples nas quais a manipulação da argila ea incipiente lavra da pedra advinham, no entanto, uma futura perfeição tecnica e um grande senso artistico.
Essas necrópoles, situadas no Alto e no Baixo Egito, apresentam poucas diferenças em relação ao número de enterros, tipologia e mobiliário funerario. A da época de Nagada (3600-3200 a.C) é a mais significativa de todas.
Por volta do ano de 3100 a.C, quando o Egito já estava politicamente unificado, seus reis, para provarem a efetiva unificação, não duvidaram em fazer-se enterrar simbolicamente enquanto Senhores do Alto Egito perto de Tinis, em Abidos, um lugar consagrado á Osiris, Deus dos mortos, e em situar seu verdadeiro tumulo, como Senhores do Baixo Egito, em Saqqara, um grandioso cemiterio de Mênfis.
Das primeiras cidades o pouco que se conhece são estruturas de tijolo cru de Abidos e de Hieracompolis. Em contrapartida, não se sabe nada da cidade de Mênfis dos primeiros tempos, fundada pelo Faraó Menes, e que deve ter tido um magnifico palácio.
EXTRAÍDO DO LIVRO: "O MELHOR DA ARTE EGIPCIA 1" DE FEDERICO LARA PEINADO
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